terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Celebrar!

Esta quinta-feira será um dia especial. Esquisito, mas especial. É o dia exato do meu primeiro segundo aniversário - sim, faz um ano da minha cirurgia. Confesso que tenho andado esquisitíssima nesse período de aniversário de diagnóstico, exames e cirurgia. E acho que vou ficar mais estranha ainda, mais emotiva, um pouco mais descontrolada, um pouco mais sensível... Mas esse balanço vou deixar para quinta-feira!

Um pouco antes da cirurgia, pensei que, para alguém como eu que ADORA fazer aniversário, ter a oportunidade de nascer de novo seria um presente (clichê, clichê...). Por isso, os festejos já começaram! Semana passada passei uam noite muito agradável e engraçada com alguns amigos em um bar de karaokê com banda ao vivo! A ideia foi colocar em prática o lema quem canta seus males espanta. Cantei tanto, tanto, tanto, que fiquei rouca! Qualquer mal que quisesse se aproximar ia sair correndo com a minha (des)afinação! Em resumo, alma lavada e enxaguada.

Aí me pus a pensar: será que é preciso algo traumático - no caso, câncer e cirurgia - para comemorar a vida? Acho que um dia só, o do aniversário, é pouco para isso. E eu, que sempre quis celebrar tudo sempre, vi mais sentido ainda nessa festa diária depois desse episódio da minha vida. Longe de querer dar uma de autora de autoajuda (meu livro jamais será nesse tom - no dia remoto em que eu escrever um), mas a vida é para ser vivida e celebrada. Sempre e em todo o lugar. Acredito que a maior maneira de celebrar a vida é ser respeitoso com você e com os outros e jamais fazer contra alguém op que vc não quer que seja feito com vc. Isso me lembra uma música do Legião Urbana - A Fonte (um trecho), que está no maravilhoso O Descobrimento do Brasil (o link: http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46922/):

Celebro todo dia
Minha vida e meus amigos
Eu acredito em mim
E continuo limpo


Você acha que sabe
Mas você não vê que a maldade é prejuizo
O que há de errado comigo?
Eu não sei nada e continuo limpo


Ao lado do cipreste branco
À esquerda da entrada do inferno
Está a fonte do esquecimento
Vou mais além, não bebo dessa água
Chego ao lago da memória
Que tem água pura e fresca
E digo aos guardiões da entrada
"Sou filho da Terra e do Céu"


Dai-me de beber, que tenho uma sede sem fim
Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha
Me tira essa vergonha, me liberta dessa culpa
Me arranca esse ódio, me livra desse medo


Olhe nos meus olhos, sou o homem-tocha
E esta é uma canção de amor
E esta é uma canção de amor

Um tanto enigmática, com diversas interpretações possíveis. A minha é valorizar a vida, viver, e deixar viver.

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